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FUTEBOL FEMININO
Resultados
Sábado, 18 de junho
Jogos

SAO PAULO - 1
X
UNI SANT'ANNA - 0

SANTOS
Adiado

MARÍLIA

SÃO CAETANO - 3
X
COTIA - 0

SAAD - 4
X
JUVENTUS - 1

MACKENZIE - 1
X
BOTUCATU - 4


José Duarte


NSU

EX-CRAQUES DO SAAD, OFERECEM OPORTUNIDADES PARA ATLETAS DO BRASIL INTERESSADOS EM ESTUDAR E JOGAR NOS ESTADOS UNIDOS !


 

O FUTEBOL FEMININO NOS ESTADOS UNIDOS
*Por Romeu Carvalho de Castro.

1.) Aspectos históricos: O futebol feminino nos Estados Unidos não tem seu sucesso fundamentado na popularidade desta modalidade desportiva dentre os imigrantes latinos ou europeus, onde o futebol masculino encontra suas raízes naquele País. Praticado em sua maioria por garotas brancas, das camadas mais ricas da população, o futebol feminino do País Bi-Campeão do Mundo encontra sua base principal dentro do sistema educacional dos EUA, seja ele publico ou privado.
Preocupados com a valorização do conceito de trabalho em equipe pelos estudantes, que abusavam da busca de interesses individuais no cotidiano das escolas, os educadores norte-americanos passaram a incentivar a prática de esportes e outras atividades coletivas. O objetivo era demonstrar aos adolescentes que o trabalho em equipe era capaz de gerar resultados positivos para todo o grupo, desde que cada indivíduo contribuísse com uma parcela do esforço necessário para a obtenção dos resultados pretendidos pelo time como um todo.
Entediadas com o Softball e receosas com a violência do futebol americano, as mulheres encontraram no nosso futebol (soccer para os Americanos) a modalidade desportiva mais atraente para o cumprimento do programa escolar. Iniciado ainda na década de 70, o programa de futebol feminino dos Estados Unidos permaneceu restrito ao campo educacional até 1985, quando pela primeira vez foi formada uma Seleção nacional no país, reunindo a elite das atletas Universitárias.
A craque Michele Akers, capitã dos Estados Unidos no Mundial de 99, estava dentre as pioneiras da primeira Seleção formada no país, e marcou o primeiro gol da história da Seleção feminina dos Estados Unidos no dia 18 de agosto de 1985, num empate por 2 X 2 diante da Dinamarca.

2.) A força das Universidades: O investimento cada vez maior no Desporto Universitário nos Estados Unidos, alavancou o desenvolvimento do futebol feminino do país. Mais que isso, propiciou o surgimento de toda uma geração de craques que garantiu aos Estados Unidos o status de maior potência mundial na modalidade.
O mecanismo que garante este sucesso é baseado na excelente infra estrutura desportiva mantida pelas Universidades. As estudantes que praticam futebol nos Estados Unidos recebem bolsas de estudos que podem chegar a US$ 35,000 (Trinta e cinco mil dólares) anuais. Além do incentivo financeiro, as meninas contam com ótimos campos de treinamento, técnicos especializados, assistência médica, acompanhamento alimentar e muito intercâmbio internacional.
O técnico que levou os Estados Unidos ao primeiro título Mundial em 1991, Anson Dorrance, construiu seu programa a partir de uma experiência muito bem sucedida como técnico da Universidade da Carolina do Norte. Lá Dorrance montou a base daquela que seria considerada a maior equipe de futebol feminino da década de 90.
Existem atualmente duas organizações regulamentando o desporto Universitário nos Estados Unidos. A NCAA reúne as grandes Universidades do País, divididas em duas divisões gerais, que se subdividem em várias regiões. A NAIA reúne as pequenas Universidades, contando com apenas uma divisão. Mais de 300 Universidades possuem programas de futebol feminino no país. A grande maioria disputa competições oficiais.
O Campeonato Nacional Universitário promovido pela NCAA é mostrado ao vivo por cadeias locais de TV e em rede nacional pela ESPN. Os torcedores pagam ingressos que variam de US$ 5.00 a US$ 100.00. A renovação do grupo de atletas é garantida por uma rígida regulamentação, que permite a uma estudante a prática do futebol por apenas 4 anos. Notas baixas podem afastar do time até mesmo a maior estrela de uma equipe. As Universidades estão constantemente monitorando as equipes de High School (nosso segundo grau), buscando as melhores atletas para repor suas peças.
Muitas atletas brasileiras desistiram do sonho de defender a nossa Seleção para disputar as competições Universitárias Americanas. A goleira Carol, as alas Daiana e Débora, as zagueiras Michele e Raquel, a Meia Talita, e as atacantes Aninha e Camila deixaram a equipe Sub-17 do Saad em 97 para atender a um convite formulado pela NAU (National American University), que implantava naquele ano seu programa de futebol feminino pela NAIA, através so Campus da cidade de Rapid City. Logo no primeiro ano a equipe sagrou-se Campeã da Região, e as atletas Carol, Camila e Michele foram relacionadas para a Seleção Nacional da Competição, feito nunca antes atingido por uma equipeem seu ano de estréia. Tal sucesso abriu portas para brasileiros em diversas outras Universidades daquela região.

3.) A USISL (ATUAL USL): O grande sucesso do futebol feminino no ambiente educacional fêz com que se iniciasse um movimento pela criação de clubes que incentivassem a prática desta modalidade. A temporada Universitária ocupa as principais atletas Americanas entre os meses de agosto e dezembro. Rígidas normas das Associações que controlam o desporto universitário nos EUA (NCAA e NAIA), proíbem que as atletas treinem ou joguem pelas Universidades por um período maior que 7 meses anuais.
Tal norma tenta impedir que as Universidades funcionem como verdadeiros clubes profissionais, privilegiando a busca de resultados desportivos em detrimento da educação das atletas. Essa medida resultou numa lacuna de 5 meses no calendário de competições, e favoreceu o aparecimento de clubes de futebol feminino, totalmente desvinculados das Universidades. A principal liga de futebol feminino nos EUA durante os anos 90 foi a W-League, administrada pela USISL, com sede administrativa na cidade de Tampa (FL). A liga funcionou até 1998 com o apoio financeiro da UMBRO, promovendo a disputa da W-League em duas divisões, que movimentaram mais de 50 clubes de diversos estados americanos. A filiação a esta liga ocorre no sistema de franquias.
A temporada da W-league se inicia no mês de maio e atravessa o verão Americano, encerrando-se em meados de agosto. Como atletas profissionais perdem a condição de jogo nos campeonatos Universitários, a maioria das equipes da W-League são semi-profissionais ou amadoras. Apesar das restrições impostas pela legislação do desporto Universitário, os principais clubes da W-League encontram brechas na lei para garantir às suas principais estrelas um salário médio de US$ 4,000 (quatro mil dólares) mensais; algo semelhante com o amadorismo “marrom” que marcou muitas modalidades Olímpicas do Brasil nos anos 70 e 80.

4.) WUSA: Os resultados obtidos pela sua Seleção nos últimos anos fizeram do futebol feminino uma febre nos Estados Unidos. Campeã Mundial em 91 e 99, Campeã Olímpica em 96 e Hexa-Campeã da US Cup, Campeã do I Campeonato Mundia Sub-19 patrocinado pela FIFA, a Seleção Norte Americana atrai diversos patrocinadores. Além da Nike, empresas dos ramos alimentício, brinquedos, automobilístico e eletrônico investem hoje na modalidade. A boneca Barbie teve uma edição comemorativa lançada às vésperas da Copa de 99, associada à imagem da jogadora Mia Ham. O sucesso absoluto nas vendas comprovou a força das novas estrelas no público infantil. Estima-se que dez milhões de mulheres participem de torneiros oficiais nos Estados Unidos na atualidade. Uma cena comum nos parques públicos das grandes cidades é a presença de mães, avós e netas reúnidas na prática saudável do futebol.
O futebol feminino Norte-Americano ocupa expressivo lugar na audiência dos eventos de TV, e atrai milhares de torcedores aos estádios. Diante de tal quadro, era inevitável a criação de uma Liga Profissional, que permitisse às atletas 100% de dedicação aos treinamentos e jogos durante todo o ano.
Criada em 2001, a WUSA logo se consolidou coma a principal competição entre clubes do Mundo, superando logo em seu primeiro ano a tradicional Liga Italiana, desenvolvida desde os anos 80. Contando com todas as atletas da Seleção Americana e com jogadoras titulares das 14 principais Seleções do Mundo, a WUSA tem jogos de altissimo nível técnico e ampla cobertura da mídia. A média de salários chega aos U$ 10,000 mensais, fora os patrocínios particulares das atletas.
São oito equipes estrategicamente sediados de acordo com os interesses comerciais da Liga: Atlanta Beat, Boston Breakers, Carolina Courage, New York Power, Philadelphia Charge, San Diego Spirit, San Jose CyberRays, Washington Freedom.
Cada clube joga um total de 21 jogos na temporada normal, com os quatro primeiros classificando-se para os play-offs.
A média de publico pagante na temporada 2002 foi de 7,020 torcedores.
A PAX TV transmite 01 partida por sábado em cadeia nacional, geralmente aos sábados, cobrindo a um número potencial de 90 milhões de lares. Redes regionais transmitem as partidas não escolhidas para a trasmissão Nacional.
As quatro primeiras brasileiras a atuar na WUSA foram a Meia Sissi (Ex-Saad), e as atacantes Roseli (Ex-Corinthians), Pretinha (Ex-Vasco) e Kátia Cilene (Ex-Saad). Na temporada 2003 Sissi, Pretinha e Kátia Cilene estão defendendo o San Jose CyberRays. A meia Sissi lidera a equipe no campo de jogo, como principal armadora da Liga, e aos 35 anos consolida sua imagem também nas obras sociais, fato que tem lhe valido grandes elogios e prêmios de entidades voltadas às causas humanitárias. Tal popularidade valeu à craque a presença nas duas edições do “All Star Game”.
A atacante Kátia Cilene confirma a condição de artilheira conquistada nos gramados brasileiros desde 1996, quando ajudou o Saad a Conquistar o primeiro Título Nacional Invicto da década, sem ter sofrido um gol sequer ao longo da competição. Kátia foi atleta da Mangueira e venceu com seu talento a infância pobre e as dificuldades decorrentes da perda prematura do Pai.

* Presidente em exercício do Saad Esporte Clube, Romeu de Castro é formado em Jornalismo e Educação Física pela PUCCAMP, tendo ainda concluído o GED em Marketing e Comércio Exterior da National American University, nos Estados Unidos.


Para mais informações do Saad E.C. nos EUA - Clique aqui.
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